O sistema solar é um conjunto de planetas, asteroides e cometas que giram ao redor do sol. Cada um se mantém em sua respectiva órbita em virtude da intensa força gravitacional exercida pelo astro, que possui massa muito maior que a de qualquer outro planeta.
Os corpos mais importantes do sistema solar são os oito planetas que giram ao redor do sol, descrevendo órbitas elípticas, isto é, órbitas semelhantes a circunferências ligeiramente excêntricas.
Origem do Sistema Solar
O sol e o Sistema Solar tiveram origem há 4,5 bilhões de anos a partir de uma nuvem de gás e poeira que girava ao redor de si mesma. Sob a ação de seu próprio peso, essa nuvem se achatou, transformando-se num disco, em cujo centro formou-se o sol. Dentro desse disco, iniciou-se um processo de aglomeração de materiais sólidos, que, ao sofrer colisões entre si, deram lugar a corpos cada vez maiores, os outros planetas.
A composição de tais aglomerados relacionava-se com a distância que havia entre eles e o sol. Longe do astro, onde a temperatura era muito baixa, os planetas possuem muito mais matéria gasosa do que sólida, é o caso de Júpiter, Saturno, Urano e Netuno. Os planetas perto dele, ao contrário, o gelo evaporou, restando apenas rochas e metais, é o caso de Mercúrio, Vênus, Terra e Marte.
Os componentes do Sistema Solar
O sol
O Sol é a fonte de energia que domina o sistema solar. Sua força gravitacional mantém os planetas em órbita e sua luz e calor tornam possível a vida na Terra. A Terra dista, em média, aproximadamente 150 milhões de quilômetros do Sol, distância percorrida pela luz em 8 minutos. Todas as demais estrelas estão localizadas em pontos muito mais distantes.
As observações científicas realizadas indicam que o Sol é uma estrela de luminosidade e tamanho médios, e que no céu existem incontáveis estrelas maiores e mais brilhantes, mas para nossa sorte, a luminosidade, tamanho e distância foram exatos para que o nosso planeta desenvolvesse formas de vida como a nossa.
O Sol possui 99,9% da matéria de todo o Sistema Solar. Isso significa que todos os demais astros do Sistema juntos somam apenas 0,1%.
Composição do Sol
O Sol é uma enorme esfera de gás incandescente composta essencialmente de hidrogênio e hélio, com um diâmetro de 1,4 milhões de quilômetros. O volume do Sol é tão grande que em seu interior caberiam mais de 1 milhão de planetas do tamanho do nosso. Para igualar seu diâmetro, seria necessário colocar 109 planetas como a Terra um ao lado do outro. No centro da estrela encontra-se o núcleo, cuja temperatura alcança os 15 milhões de graus centígrados e onde ocorre o processo de fusão nuclear por meio do qual o hidrogênio se transforma em hélio. Já na superfície a temperatura do Sol é de cerca de 6.000 graus Celsius.
Mercúrio
Mercúrio recebeu, pelos romanos, o nome do mensageiro dos deuses porque se move mais rápido do que qualquer outro planeta. Mercúrio é o planeta mais interno do nosso sistema solar e é o segundo menor planeta. Plutão é o menor. Tanto Saturno quanto Júpiter têm luas maiores do que Mercúrio, como Titão e Ganímedes. As luas de Júpiter Io, Europa, e Calisto são praticamente do mesmo tamanho que Mercúrio.
Mercúrio se parece com nossa lua devido ao seu terreno similar, mas difere em densidade. Mercúrio tem uma densidade de 5,43 gm/cm3que é similar à densidade da Terra. Esta densidade indica que seu núcleo tem uma composição metálica como a Terra. O núcleo provavelmente ocupa entre 70% a 80% do raio do planeta e suas camadas externas são compostas principalmente de rochas silicadas.
Mercúrio praticamente não tem atmosfera. A atmosfera da Terra ajuda a manter a temperatura do dia e da noite aproximadamente uniformes. Em Mercúrio, devido a sua proximidade com o Sol, a temperatura se eleva acima de 400° C durante o dia. A noite, devido à falta de atmosfera para manter o calor, a temperatura cai a -180° C.
Vênus
Vênus, a jóia do céu, era conhecida pelos astrônomos da antiguidade com a estrela d'álva e estrela vespertina. Estes astrônomos pensavam que Vênus era dois corpos distintos. Vênus, assim chamado por causa da deusa Romana do amor e da beleza, é encoberto por grossa camada de nuvens em turbilhões.
Astrônomos referem-se a Vênus com planeta irmão da Terra. Ambos são similares em tamanho, massa, densidade e volume. Ambos formaram-se aproximadamente ao mesmo tempo, e condensaram-se da mesma nebulosa. Entretanto, durante os últimos anos, cientistas descobriram que as similaridades terminam ai. Vênus é muito diferente da Terra. Ele não tem oceanos e é envolto por uma pesada atmosfera composta principalmente de dióxido de carbono, e virtualmente sem vapor d'água. Suas nuvens são compostas de gotículas deácido sulfúrico. A pressão atmosférica na superfície é 92 vezes maior que a da Terra, ao nível do mar.
Vênus é chamuscado por uma temperatura de cerca de 482° C (900° F) na superfície. Esta alta temperatura é devida especialmente por um fugidio efeito estufa, causado pela pesada atmosfera de dióxido de carbono. A luz solar passa através da atmosfera e aquece a superfície do planeta. O Calor seria radiado para fora, mas é aprisionado pela densa atmosfera e impedido de escapar para o espaço. Isto torna Vênus mais quente que Mercúrio.
Um dia Venusiano tem 243 dias Terrestres, e é mais longo que seu ano, de 225 dias. Estranhamente, Vênus gira do leste para o oeste. Para um observador em Vênus, o Sol nasceria no oeste e pôr-se-ia no leste.
Até recentemente, a densa cobertura de nuvens tem impedido que Vênus revelasse a natureza geológica de sua superfície aos cientistas. O desenvolvimento de telescópios de radar e sistemas de imagem por radar orbitando o planeta tem tornado possível ver a superfíce do planeta através do patamar de nuvens. Quatro das missões mais bem-sucedidas na revelação da superfície Venusiana são a missão Pioneer Vênus da NASA, as missões Soviéticas Venera 15 e 16 (1983-1984), e a missão Magalhães de mapeamento por radar, da NASA (1990-1994). Assim que estas espaçonaves começaram a mapear o planeta, uma nova imagem de Vênus emergiu.
A superfície de Vênus é relativamente jovem, geologicamente falando. Ela parece ter sido completamente refeita de 300 a 500 milhões de anos atrás. Cientistas debatem como e porque isto ocorreu. A topografia Venusiana consiste-se de vastas planícies cobertas por fluxos de lava e montanhas ou regiões montanhosas deformadas pela atividade geológica. O mais alto pico de Vênus é o 'Maxwell Montes', na 'Ishtar Terra'. As montanhas 'Aphrodite Terra' estendem-se por quase metade de todo o equador. Imagens da Magalhães das regiões monhanhosas acima de 2,5 quilômetros (1,5 milhas) são usualmente brilhantes, característico de solo úmido. Entretanto, água líquida não existe na superfície, e não pode ser responsável pelas regiões montanhosas brilhantes. Uma teoria sugere que o material brilhante pode ser composto por complexos metálicos. Estudos têm mostrado que o material pode ser pirita (também conhecida como "ouro dos trouxas"). Ela é instável nas planícies, mas poderia ser estável nas montanhas. O material também poderia ser algum tipo de material exótico que forneceria os mesmos resultados mas em concentrações mais baixas.
Vênus é marcado por numerosas crateras de impacto distribuidas aleatoriamente sobre sua superfície. Pequenas crateras com menos de 2 quilômetros (1,2 milhas) são quase inexistentes devido à pesada atmosfera Venusiana. A exceção ocorre quando grandes meteoritos despedaçam-se pouco antes do impacto, criando aglomerados de crateras. Vulcões e formações vulcânicas são ainda mais numerosos. Pelo menos 85% da superfície Venusiana é coberta por rocha vulcânica. Enormes fluxos de lava, que estendem-se por centenas de quilômetros, tem inundado as planícies, criando vastos planos. Mais de 100.000 pequenos vulcões ponteiam a superfície junto com centenas de grandes vulcões. Fluxos vulcânicos tem produzido longos canais sinuosos que estendem-se por centenas de quilômetros, com um deles estendendo-se por 7.000 quilômetros (4.300 milhas).
Gigantes caldeiras, com mais de 100 quilômetros (62 milhas) de diâmetro são encontradas em Vênus. Caldeiras Terrestres usualmente tem alguns poucos quilômetros de diâmetro. Várias características são únicas de Vênus, incluíndo as 'coronae' e 'aracnóides'. Coronae são grandes formações, entre o circular e o oval, cercadas por penhascos, e com centenas de quilômetros de diâmetro. Pensa-se que são elevações do manto expressos na superfície. Aracnóides são formações circulares ou alongadas, similares ao 'coronae'. Elas podem ter sido causadas por rochas fundidas escorrendo pelas fraturas da superfície e produzindo sistemas de diques e fraturas radiais.
Terra
Da perspectiva de que nós estamos na Terra, nosso planeta parece ser grande e robusto, com um oceano interminável de ar. Do espaço, astronautas freqüentemente têm a impressão de que a Terra é pequena, e tem uma fina e frágil camada de atmosfera. Para um viajante do espaço, as características que distinguem a Terra são as águas azuis, as massas de terra verdes e marrons, e o conjunto de nuvens brancas contra um fundo negro.
Muitos sonham em viajar pelo espaço e ver as maravilhas do universo. Na realidade, todos nós somos viajantes espaciais. Nossa espaçonave é o planeta Terra, viajando a uma velocidade de 108.000 quilômetros (67.000 milhas) por hora.
A Terra é o terceiro planeta do Sol, a uma distância de 150 milhões de quilômetros (93,2 milhões de milhas). Leva 365,256 dias para a Terra girar em torno do Sol e 23.9345 horas para a Terra efetuar uma rotação completa. Ela tem um diâmetro de 12.756 quilômetros (7.973 milhas), apenas poucas centenas de quilômetros maior que o de Vênus. Nossa atmosfera é composta por 78 porcento de nitrogênio, 21 porcento de oxigênio, e 1 porcento de outros componentes.
A Terra é o único planeta conhecido a abrigar vida, no sistema solar. O núcleo de nosso planeta, de níquel-ferro derretido girando rapidamente, provoca um estenso campo magnético que, junto com a atmosfera, nos protege de praticamente toda a radiação prejudicial vinda do Sol e outras estrelas. A atmosfera da Terra nos proteje dos meteoros, cuja maioria queima-se antes de poder atingir a superfície.
De nossas viagens pelo espaço, temos aprendido muito sobre nosso próprio planeta. O primeiro satélite Norte-americano, Explorer 1, descobriu uma intensa zona de radiação, agora chamada de cinturão de radiação de Van Allen. Este cinturão é formado por uma camada de partículas carregadas que são capturadas pelo campo magnético da Terra em uma região, de formato toroidal, em volta do equador. Outras descobertas feitas por satélites mostram que o campo magnético de nosso planeta é distorcido, tendo uma forma de gota de lágrima, devido ao vento solar. Também sabemos agora que nossa fina atmosfera superior, a qual acreditava-se ser calma e sem incidentes, ferve de atividade -- expandindo-se de dia e contraindo-se à noite. A atmosfera superior, afetada pelas mudanças na atividade solar, contribui para o clima e meteorologia na Terra.
Além de afetar a meteorologia da Terra, a atividade solar causa um dramático fenômeno visual em nossa atmosfera. Quando as partículas carregadas do vento solar são capturadas pelo campo magnético da Terra, elas colidem com as moléculas de ar de nossa atmosfera acima dos pólos magnéticos do planeta. Estas moléculas de ar tornam-se então incandescentes e são assim conhecidas como auroras ou luzes do norte e do sul.
Marte
Marte é o quarto planeta a partir do sol e é comumente referido como o Planeta Vermelho. As rochas, solo e céu tem coloração vermelha ou rosa. A característica cor vermelha tem sido observada por astrônomos por toda a história. Seu nome foi dado pelos Romanos, em honra ao seu deus da gerra. Outras civilizações tem nomes similares. Os antigos Egípcios chamaram o planeta de Her Descher, que significa o vermelho.
Antes da exploração espacial, Marte foi considerado como sendo o melhor candidato a abrigar vida extraterrestre. Astrônomos pensavam ver linhas retas entrecortando sua superfície. Isso induziu à crença popular de que canais de irrigação haviam sido construídos no planeta por seres inteligentes. Em 1938, quando Orson Welles transmitiu uma radionovela baseada no clássico de ficção científica, A Gerra dos Mundos, de H.G. Wells, muitas pessoas aceitaram como verdade este conto sobre invasores Marcianos, e entraram em pânico.
Outra razão que induziu os cientistas a esperarem por vida em Marte tem a ver com aparentes mudanças sazonais de cor na superfície do planeta. Este fenômeno levou à especulação de que certas condições deveriam provocar uma explosão de vegetação Marciana durante os meses mais quentes, e fazer com que a vida vegetal ficasse latente durante os períodos mais frios.
Em Julho de 1965, a Mariner 4 transmitiu 22 fotos, em close, de Marte. Tudo o que se revelou foi uma superfície contendo muitas crateras e canais de ocorrência natural, e nenhuma evidência de canais artificiais ou água corrente. Finalmente, em Julho e Setembro de 1976, as sondas Viking 1 e 2 pousaram sobre a superfície de Marte. As três experiências realizadas a bordo das sondas revelaram uma inesperada e enigmática atividade química no solo Marciano, mas não forneceram evidência clara sobre a presença de microorganismos vivos no solo próximo das áreas em que as sondas pousaram. De acordo com os biologistas da missão, Marte é auto-esterilizante. Eles acreditam que a combinação da radiação ultravioleta solar que satura a superfície, da secura extrema do solo e da natureza oxidade da química do solo impessam a formação de organismos vivos no solo Marciano. A vida em Marte em um passado distante, entretanto, ainda é uma questão em aberto.
Outros instrumentos não encontraram sinais de química orgânica em nenhuma das áreas de pouso, mas forneceram uma análise precisa e definitiva sobre a composição da atmosfera Marciana, e encontraram traços de elementos não detectados anteriormente.
Atmosfera
A atmosfera de Marte é bastante diferente da Terrestre. Ela é composta principalmente de dióxido de carbono, com pequenas quantidades de outros gases. Os seis componentes mais comuns da atmosfera são:
Dióxido de Carbono (CO2): 95,32%
Nitrogênio (N2): 2,7%
Argônio (Ar): 1,6%
Oxigênio (O2): 0,13%
Água (H2O): 0,03%
Neônio (Ne): 0,00025 %
O ar Marciano contém somente cerca de 1/1.000 da água do nosso ar, mas mesmo essa pequena quantidade pode condensar-se, formando nuvens que flutuam alto na atmosfera, ou giram em volta das escarpas dos vulcões mais altos. Bancos de neblina matinal podem se formar nos vales. Na área de pouso da Viking 2, uma fina camada de água congelada cobre o solo a cada inverno.
Há evidência de que, no passado, uma atmosfera marciana mais densa possa ter permitido que a água fluisse sobre o planeta. Características físicas muito parecidas com costas, gargantas, leitos de rios e ilhas sugerem que grandes rios uma vez marcaram o planeta.
Temperatura e Pressão
A temperatura média registrada em Marte é de -63° C (-81° F) com uma temperatura máxima de 20° C (68° F) e mínima de -140° C (-220° F).
A pressão Barométrica varia em cada área de pouso semestralmente. Dióxido de Carbono, o maior componente da atmosfera, congela-se formando imensas calotas polares, alternadamente em cada polo. O dióxido de carbono forma uma grande cobertura de neve e então evapora novamente com a chegada da primavera em cada hemisfério. Quando a calota do polo sul está maior, a pressão média diária observada pela Viking 1 foi tão baixa quanto 6,8 milibares; em outras épocas do ano, ela foi tão alta quanto 9,0 milibares. As pressões na área da Viking 2 foram de 7,3 a 10,8 milibares. Em comparação, a pressão média da Terra é de 1000 milibares.
Júpiter
Júpiter é o quinto planeta a partir do Sol, e é o maior no sistema solar. Se Júpiter fosse oco, poderia caber mais de mil Terras dentro. Ele também contém mais matéria que todos os outros planetas combinados. Ele tem uma massa de 1,9 x 1027 kg e tem 142.800 quilômetros (88.736 milhas) de diâmetro no equador. Júpiter possui 16 satélites, quatro dos quais - Calisto, Europa, Ganimede e Io - foram observados por Galileo em 1610. Existe um sistema de anéis, mas que é muito tênue, sendo totalmente invisível da Terra. (Os anéis foram descobertos em 1979 pela Voyager 1.) A atmosfera é muito profunda, talvez compreendendo todo o planeta, sendo em termos, parecido como o Sol. Ela é composta principalmente de hidrogênio e hélio, com pequenas quantidades de metano, amônia, vapor d'água e outros componentes. A grandes profundidades dentro de Júpiter, a pressão é tão grande que os átomos de hidrogênio são quebrados e seus elétrons são liberados de forma que os átomos resultantes consistem-se de simples prótons. Isto produz um estado no qual o hidrogênio torna-se metálico.
Coloridas faixas latitudinais, tempestades e nuvens atmosféricas ilustram o dinâmico sistema meteorológico de Júpiter. As formações de nuvens mudam em horas ou dias. A Grande Mancha Vermelha é uma complexa tempestade movendo-se em direção horária. Na borda externa, a matéria parece girar em quatro a seis dias; próximo ao centro, os movimentos são pequenos e de direção praticamente aleatória. Uma cadeia de outras tempestades menores e redemoinhos podem se formar por todas as faixas de nuvens.
Emissões Auroreais, similares às auroras boreais terrestres, foram observadas nas regiões polares de Júpiter. As emissões auroreais parecem estar relacionadas ao material de Io que cai na atmosfera de Júpiter acompanhado suas linhas magnéticas espirais. Também foram observados relâmpagos luminosos sobre as nuvens, similares aos super relâmpagos da alta atmosfera da Terra.
Os Anéis de Júpiter
Ao contrário dos intrincados e complexos anéis de Saturno, Júpiter tem um único anel que é quase uniforme em sua estrutura. Ele provavelmente é composto por partículas de poeira com menos de 10 mícrons de diâmetro -- algo do tamanho de partículas da fumaça de cigarros. Sua borda externa tem diâmetro de aproximadamente 129.000 quilômetros (80.161 milhas), e sua interna tem 30.000 quilômetros (18.642 milhas), contados a partir do centro do planeta. A origem do anel é provavelmente devida ao bombardeamento de micrometeoros vindo das minúsculas luas que orbitam dentro do anel.
Os aneis e luas de Júpiter estão dentro de um cinto de intensa radiação de elétrons e íons capturados pelo campo magnético do planeta. Estas partículas e campos compreendem a magnetosfera ou ambiente magnético de Júpiter, o qual extende-se por 3 a 7 milhões de quilômetros (1.9 a 4.3 milhões de milhas) em direção ao Sol, e se estica em forma de meia até alcançar a órbita de Saturno - uma distância de 750 milhões de quilômetros (466 milhões de milhas).
Saturno
s, ventos alternam sua direção de leste para oeste conforme a latitude aumenta.
O sistema de anéis de Saturno faz do planeta um dos mais belos objetos do sistema solar. Os anéis estão divididos em um número de diferentes partes, incluindo os brilhantes anéis A e B, e o anel C, mais tênue. O sistema de anéis tem várias fendas. A fenda mais notável é a Divisão Cassini, que separa os anéis A e B. Giovanni Cassini descobriu esta divisão em 1675. A Divisão Encke [Enque], que divide o Anel A, tem seu nome graças a Johann Encke, que o descobriu em 1837. Sondas espaciais tem mostrado que os principais anéis são realmente feitos de um grande número de pequenos e estreitos anéis. A origem dos anéis é obscura. Pensa-se que os anéis podem ter sido formados de luas maiores que foram despedaçadas por impactos de cometas e meteoróides. A composição dos anéis não é conhecida com certeza, mas os anéis exibem uma quantidade significante de água. Eles podem ser compostos de icebergs e/ou bolas de gelo de poucos centímetros a poucos metros de dimensão. Muito da elaborada estrutura de alguns dos anéis é devida aos efeitos gravitacionais dos satélites próximos. Este fenômeno é demonstrado pela relação entre o anel F e duas pequenas luas que pastoreiam o material do anel.
As Voyagers também encontraram no grande anel B formações radiais, com formato de raios. Acredita-se que tais formações são compostas por finas partículas do tamanho de grãos de pó. Observou-se que os raios formavam-se e desapareciam entre as diferentes imagens tomadas pelas Voyagers. Apesar de que cargas eletrostáticas podem criar raios através da levitação de partículas de poeira acima do anel, a exata causa da formação destes raios não está bem coompreendida.
Saturno tem 18 luas confirmadas, o maior número de satélites em um planeta do sistema solar. Em 1995, cientistas utilizando o Telescópio Espacial Hubble viram quatro objetos que podem ser novas luas.
Urano
Urano é o sétimo planeta do Sol e é o terceiro maior no sistema solar. Foi descoberto por William Herschel em 1781. Tem um diâmetro equatorial de 51.800 quilômetros (32.190 milhas) e orbita o Sol uma vez a cada 84,01 anos da Terra. Tem uma distância média do Sol de 2,87 bilhões quilômetros (1,78 bilhão milhas). A duração de um dia em Urano é de 17 horas 14 minutos. Urano tem 15 luas, pelo menos. As duas luas maiores, Titania e Oberon, foram descobertas por William Herschel em 1787.
A atmosfera de Urano está composta de 83% hidrogênio, 15% hélio, 2% metano e quantias pequenas de acetileno e outros hidrocarbonetos. Metano na atmosfera superior absorve luz vermelha e dá a Urano sua cor azul-verde. A atmosfera é organizada em nuvens que correm em latitudes constantes, semelhantes à orientação das faixas latitudinais mais vívidas, vistas em Júpiter e Saturno. Ventos a latitudes intermediárias em Urano sopram na direção da rotação do planeta. Estes ventos sopram a velocidades de 40 a 160 metros por segundo (90 a 360 milhas por hora). Experiências científicas com rádio descobriram ventos de cerca de 100 metros por segundo soprando na direção oposta, no equador.
Urano é diferente pelo fato de que é inclinado de lado. Pensa-se que sua posição incomum é resultado de uma colisão com um corpo do tamanho de um planeta, no início da história do sistema solar. A Voyager 2 descobriu que uma das influências mais notáveis desta posição de lado é seu efeito na cauda do campo magnético, que é por sí só inclinado 60 graus em relação ao eixo de rotação do planeta. A Cauda Magnética moustrou-se torcida pela rotação do planeta em uma longa forma espiralada atrás do planeta. A fonte de campo magnética é desconhecida; pensou-se exisir um oceano de água e amônia, eletricamente condutivo, super-pressurizado, entre o núcleo e a atmosfera; tal oceano parece agora ser inexistente. Acredita-se que os campos magnéticos da Terra e outros planetas surgem de correntes elétricas produzidas nos seus núcleos derretidos.
Netuno
Netuno é o planeta mais externo dos gigantes de gás. Tem um diâmetro equatorial de 49.500 quilômetros (30.760 milhas). Se Netuno fosse oco, poderia conter quase 60 Terras. Netuno orbita o Sol a cada 165 anos. Tem oito luas, e seis das quais foram descobertas pelaVoyager. Um dia de Netuno tem 16 horas e 6,7 minutos. Netuno foi descoberto em 23 de setembro de 1846 por Johann Gottfried Galle, do Observatório de Berlim, e Louis d'Arrest, um estudante de astronomia, através de predições matemáticas feitas por Urbain Jean Joseph Le Verrier.
Os primeiros dois terços de Netuno estão compostos de uma mistura de pedra fundida, água, amônia líquida e metano. O terço externo é uma mistura de gases aquecidos incluindo hidrogênio, hélio, água e metano. Metano dá a Netuno sua cor de nuvem azul.
Netuno é um planeta dinâmico com várias manchas grandes e escuras, relembrando as tormentas, tipo furacões, de Júpiter. A mancha maior, conhecida como a Grande Mancha Escura, tem aproximadamente o tamanho da Terra e é semelhante à Grande Mancha Vermelha de Júpiter. A Voyager revelou uma pequena nuvem, de formato irregular, movendo-se para o leste, correndo ao redor de Netuno a cada 16 horas. Esta vespa, tal qual foi apelidada, poderia ser uma bruma que eleva-se acima de uma coberta de nuvens mais profundas.
Nuvens brilhantes e longas, semelhante a nuvens cirros da Terra, foram vistas alto na atmosfera de Netuno. Na baixas latitudes ao norte, a Voyager capturou imagens de raias de nuvens que lançam suas sombras na cobertura de nuvem abaixo.
Os mais fortes ventos de todos os planetas foram medidos em Netuno. A maioria dos ventos de lá sopram para o oeste, oposto à rotação do planeta. Próximo da Grande Mancha Escura, os ventos sopram a até 2.000 quilômetros (1.200 milhas) por hora.
Netuno tem um conjunto de quatro anéis que são estreitos e muito lânguidos. Os anéis são compostos de partículas de pó, o qual pensava-se serem feitos de meteoritos minúsculos que esmagaram-se nas luas de Netuno. De telescópios baseados em terra, os anéis parecem ser arcos, mas da Voyager 2 os arcos mostraram-se como manchas luminosas ou aglomerações no sistema de anéis. A causa exata das aglomerações luminosas é desconhecida.
O campo magnético de Netuno, assim como o de Urano, é fortemente inclinado em 47 graus em relação ao eixo de rotação e deslocado pelo menos 0,55 raio (aproximadamente 13.500 quilômetros ou 8.500 milhas) do centro físico. Comparando os campos magnéticos dos dois planetas, os cientistas pensam que a extrema inclinação pode ser característica de fluxos no interior do planeta e não o resultado da orientação lateral ou de qualquer possível reversão de campo do planeta.
O Sistema Solar é constituido por vários planetas anões:
Plutão, Éris e Ceres. (os primeiros a ser classificados como tal).
Makemake (formalmente designado em Julho de 2008, pela União Astronómica Internacional)
Haumea (confirmado como planeta anão a partir de 18 de Setembro de 2008).
Plutão
Até 2006, Plutão foi considerado um planeta principal do Sistema Solar, mas a descoberta recente de vários corpos de tamanho semelhante e, em alguns casos, maiores, no Cinturão de Kuiper, fez com que a União Astronómica Internacional (U.A.I.) decidisse, em 24 de Agosto de 2006, considerá-lo um planeta anão, juntamente com Éris e Ceres, o maior dos asteróides. Plutão é agora visto como o primeiro de uma categoria de objectos trans-neptunianos e foi-lhe atribuído o número 1340340 no catálogo de planetas menores.
A descoberta do seu satélite Caronte, em 1978, permitiu a determinação da massa do sistema Plutão-Caronte, por meio da simples aplicação da fórmula newtoniana da 3.ª lei de Kepler. O diâmetro de Plutão foi finalmente calculado, sendo equivalente a menos de 0,2 do da Lua. As características físicas de Plutão são, em grande parte, desconhecidas, porque ainda não recebeu a visita de uma nave espacial e a distância a que se encontra da Terra dificulta investigações mais detalhadas. Actualmente a sonda da NASA "New Horizons" (a mais veloz até hoje construída pelo homem) dirige-se para Plutão, cuja atmosfera vai investigar em 2015.
Éris
É conhecido oficialmente como 136199 Eris, é um planeta anão nos confins do sistema solar, numa região do sistema solar conhecida como disco disperso. É o maior planeta-anão do sistema solar e quando foi descoberto, ficou desde logo informalmente conhecido como o "décimo planeta", devido a ser maior que o então planeta Plutão.
Éris tem um período orbital de cerca de 560 anos e encontra-se a cerca de 97 Unidades Astronómicas (UA) do Sol (uma UA equivale a cerca de 150 milhões de quilómetros), em seu afélio. Como Plutão, a sua órbita é bastante excêntrica, e leva o planeta a uma distância de apenas 35 UA do Sol no seu periélio (a distância de Plutão ao Sol varia entre 29 e 49,5 UA, enquanto que a órbita de Neptuno fica por cerca de 30 UA).
Ceres
É um planeta anão que se encontra na cintura de asteróides, entre Marte e Júpiter. Tem um diâmetro de cerca de 950 km e é o corpo mais maciço que se encontra nessa região do sistema solar, contendo cerca de um terço da massa total da cintura de asteróides.
Apesar de ser um corpo celeste relativamente próximo do nosso planeta, pouco se sabe sobre Ceres.
A sua classificação mudou mais de que uma vez: na altura em que foi descoberto foi considerado como um planeta, mas após a descoberta de corpos celestes semelhantes na mesma área do sistema solar, levou a que fosse reclassificado como um asteróide por mais de 150 anos.
No início do século XXI, novas observações mostraram que Ceres é um planeta embrionário com estrutura e composição muito diferentes das dos asteróides comuns e que permaneceu intacto provavelmente desde a sua formação, há mais de 4 600 milhões de anos. Pouco tempo depois, foi reclassificado como planeta anão. Pensava-se, também, que Ceres fosse o corpo principal da "família Ceres de asteróides". Contudo, Ceres mostrou-se pouco aparentado com o seu próprio grupo, inclusive em termos físicos. A esse grupo é agora dado o nome de "família Gefion de asteróides".
Haumea
Haumea, antes conhecido astronomicamente como 2003 EL61, é um planeta anão do tipo plutóide, localizado a 43,3 UA do Sol, ou seja um pouco mais de 43 vezes a distância da Terra aoSol, em pleno Cinturão de Kuiper. Haumea possui dois pequenos satélites naturais, Hi?iaka eNamaka, que, acredita-se, sejam destroços que se separaram de Haumea devido a uma antiga colisão. Haumea é um plutóide com características pouco comuns, tais como a sua rápida rotação, elongação extrema e albedo elevado devido a gelo de água cristalina na superfície. Pensa-se, também, tratar-se do maior membro de uma família de destroços criados num único evento destrutivo.
Apesar de ter sido descoberto em dezembro de 2004, só em 18 de setembro de 2008 é que se confirmou tratar-se de um planeta anão, recebendo então o nome da deusa havaiana do nascimento e fertilidade.
Makemake
Planeta anão Makemake - Também designado um plutóide
Makemake é o terceiro maior planeta anão do Sistema Solar e um dos maiores corpos do Cinturão de Kuiper. O seu diâmetro é de cerca de três-quartos do de Plutão. Não possui satélites conhecidos, o que o torna singular entre os corpos maiores do Cinturão. A sua superfície é coberta por gelo de metano e, possivelmente, de etano, devido à baixíssima temperatura média (cerca de 240 ºC negativos).
De início conhecido como 2005 FY9 (e antes disso, provisoriamente, como "coelhinho da Páscoa"), Makemake foi descoberto em 31 de Março de 2005 por uma equipa chefiada por Michael Brown. O facto foi anunciado em 29 de Julho de 2005. Posteriormente, a 11 de Junho de 2008, a União Astronómica Internacional (UAI) incluiu-o em sua lista de candidatos potenciais ao status de plutóide, uma denominação para planetas anões além da órbita de Neptuno que incluía então apenas Plutão e Éris. Makemake foi formalmente designado um plutóide em Julho de 2008.
Makemake recebeu o nome do criador mítico da humanidade segundo os rapanui, nativos da ilha de Páscoa.
Ver mais em: Satélites Naturais do Sistema Solar.
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